Na pior partida do Botafogo pelo Brasileirão sob o comando de Ney Franco, mais uma vitória fora de casa.

Sorte ou competência? Um pouco de ambos. E muito da palavra que designa a atual fase alvinegra: consistência.

Pois, mesmo sentindo muito a ausência de Diguinho e de Lúcio Flávio (aquele que entrou na Ilha do Retiro com a braçadeira é apenas um clone falsificado do ótimo apoiador alvinegro, o verdadeiro continua distribuindo autógrafos na lojinha do Fogão em General Severiano), o Botafogo soube suportar a pressão dos donos da casa por 94 minutos. Por um motivo simples: a consistência do esquema defensivo montado por Ney Franco, que não expõe tanto a zaga, mesmo quando joga com apenas um volante – no caso, nesse domingo, apenas Túlio.

Sobre o primeiro tempo, pouco a comentar. Apenas Carlos Alberto e Jorge Henrique ameaçavam o Sport; Thiaguinho, mais preocupado com a defesa, pouco arriscava no apoio e brilhou apenas nos desarmes. Wellington, totalmente inofensivo, pecado mortal para um centroavante e Lúcio Flávio ainda pior, completamente sumido. Mesmo assim, foram raros os lances de perigo para ambos os lados, sendo que o lance mais perigoso do adversário foi uma cabeçada de Carlinhos Bala, que consegue ser mais baixo que Jorge Henrique – ou seja, tecnicamente, trata-se de um anão. E tomar gol de cabeça de um sujeito verticalmente prejudicado seria ainda mais humilhante que tomar catiripapos da polícia pernambucana.

No segundo tempo, o Botafogo conseguiu entrar ainda pior nos primeiros minutos – encolheu e vacilou até na saída de bola, tomando pressão desnecessária. Depois, passou a alugar o meio-de-campo, conduzir a partida e eis que, numa jogada despretensiosa, Carlos Alberto toca para Wellington que cruza-chuta para o meio da área e JH pressiona o rubro-negro que, apavorado, põe a bola pra dentro das redes.

Gol achado, vantagem no placar. E aí o Botafogo, enfim, começou a jogar com inteligência: as substituições de Ney – com as entradas de Gil, Eduardo e Lucas Silva – visavam prender a bola no ataque e ganhar de vez o meio-de-campo. Pena que os jogadores não corresponderam integralmente ao plano do técnico, cometendo falhas individuais bisonhas que quase jogam fora a tática traçada.

Enfim, mesmo sem jogar bem, o Botafogo demonstrou consistência e eficiência, qualidade que se tornou a grande ausência na Era Cuca. E, agora, está no lugar que persegue desde a chegada de Ney: o G-4. As três vitórias fora de casa contra adversários encarniçados foram decisivas para esse fato – imaginem se a gente tivesse perdido uma ou duas dessas partidas, ficaríamos ali pelo meião da tabela, sem muito poder de reação. Agora, é fazer o dever de casa contra o Cruzeiro, que passou a ser adversário direto, e ficar de olho no que acontece com o Grêmio nas próximas rodadas.

Domingo – 17/08/2008

 

16h – Vasco x Internacional – Estádio de São Januário

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16h – Santos x Flamengo – Vila Belmiro

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18h10 – Fluminense x Atlético-MG – Estádio do Maracanã

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18h10 – Sport x Botafogo – Ilha do Retiro

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